Maragogi enfrenta uma crise política poucos meses após a posse do prefeito Dani da Elba. Eleito sob a credibilidade do ex-prefeito Fernando Sérgio Lira, Dani tem sido alvo de críticas devido a uma série de decisões que, segundo aliados, desrespeitam acordos firmados antes da eleição.

Uma das primeiras medidas controversas foi a escolha da secretária de Educação. O ex-prefeito havia solicitado a nomeação de um nome de sua confiança, mas Dani optou por nomear sua prima para o cargo, além de colocar sua tia no setor financeiro da secretaria. Com isso, neutralizou a influência de Sérgio Lira na área, que historicamente teve um papel estratégico na administração municipal.

Outra decisão que gerou insatisfação foi a destituição de Macia Fidelis, ex-primeira-dama, do comando do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE). Além disso, fornecedores ligados à gestão anterior não receberam seus pagamentos, aumentando o clima de tensão nos bastidores do governo.

Apesar de ter garantido que manteria a equipe de secretários, Dani exonerou quase todos, exceto o secretário de Infraestrutura, mas retirou as máquinas da pasta, reduzindo significativamente sua autonomia. Paralelamente, servidores ligados ao ex-prefeito tiveram contratos encerrados ou renovados com salários reduzidos, enquanto a maioria sequer foi recontratada.

A relação com a Câmara Municipal também foi afetada. Vereadores relatam que a influência do legislativo na gestão foi minimizada e que servidores indicados por parlamentares foram advertidos de que seus empregos dependem exclusivamente do prefeito, e não de quem os indicou. Essa estratégia tem gerado insatisfação entre os vereadores da base aliada, que se veem sem autonomia e enfraquecidos dentro da gestão municipal.

Diante desse cenário, Sérgio Lira e sua família já rompeu com Dani da Elba, o que pode mudar os rumos da administração municipal e do cenário político de Maragogi.